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sábado, 23 de abril de 2011

Nasa monta o sucessor do Telescópio Espacial Hubble

Os gigantescos espelhos que farão parte do Telescópio Espacial James Webb já estão sendo testados



Foto: Nasa
Engenheiro contempla conjunto de seis espelhos dos 18 que farão parte do JWST
O Telescópio Espacial James Webb (JWST), que vai suceder o Hubble na missão de explorar os recantos mais distantes do Universo, deve ser lançado ao espaço em 2014, mas já está sendo montado.
Na imagem acima, o engenheiro Ernie Wrigh contempla os seis primeiros segmentos do gigantesco espelho que o JWST levará ao espaço. O espelho completo terá 18 segmentos, com um diâmetro total de 18 metros.
Os espelhos têm formato hexagonal porque isso permite que todos se encaixem e se movam sem deixar lacunas. Quando o espelho principal do Webb focalizar uma galáxia distante, a imagem aparecerá em todas as 18 placas refletoras, que então serão movidas para focalizar todas as imagens numa única visão do objeto estudado.
Essa imagem comum será coletada por um espelho secundário e projetada nos instrumentos que a transmitirão para os cientistas na Terra.
Antes de irem ao espaço, os segmentos têm de ser testados para avaliar a resistência de cada um às temperaturas extremamente baixas do vácuo espacial e às vibrações que sofrerão durante o lançamento ao espaço.
Nada pode sair errado: diferentemente do Hubble, que fica numa órbita acessível a naves da Terra e pode ser renovado ou consertado - o que foi crucial, porque ele chegou com defeito ao espaço, e foi preciso enviar astronautas para corrigir a "miopia" de seu sistema ótico -, o Webb será posicionado longe demais do planeta para poder receber manutenção.
O JWST foi projetado para ser o mais poderoso telescópio espacial já construído. Cientistas pretendem usá-lo para identificar e observar as primeiras galáxias formadas no Universo, e localizar planetas orbitando estrelas distantes. Além da NASA, participam do projeto a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial do Canadá.

Hubble celebra 21 anos com imagem de colisão galáctica

O telescópio foi levado à órbita da Terra em 20 de abril de 1990, pelo ônibus espacial Discovery


Foto: HST/Nasa-ESA

O conjunto de galáxias Arp 273, escolhido para celebar a maioridade do telescópio espacial
Para festejar os 21 anos da chegada do Telescópio Espacial Hubble ao espaço, astrônomos apontaram o observatório para um grupo especialmente fotogênico de galáxias, chamado Arp 273.
A maior das duas galáxias espirais do grupo, UGC 1810, tem seu disco distorcido pela atração gravitacional da irmã menor, UGC 1813. A faixa de brilhantes azuis na margem direita da imagem é formado pela luz combinada de aglomerados de estrelas jovens, que brilham intensamente em luz ultravioleta.
A galáxia menor, que aparece com a borda voltada para o observador, mostra sinais de intensa formação de estrelas em seu núcleo. A galáxia maior tem cerca de cinco vezes a massa de sua companheira. O conjunto Arp 273 fica na constelação de Andrômeda e se encontra a cerca de 300 milhões de anos-luz da Terra.
O Hubble foi levado ao espaço em 20 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mapa da Gravidade da Terra

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou, nesta quinta-feira (31), o mapa mais preciso já feito até hoje da gravidade da Terra. As informações foram coletadas durante dois anos pelo satélite Goce. O modelo, chamado de geoide, mostra minunciosamente que a Terra não é completamente redonda.

Veja como é a superfície da Terra considerando a gravidade sem a ação de marés e de correntes oceânicas:


O satélite Goce foi lançado em março de 2009 e já recolheu mais de 12 meses de dados sobre a gravidade. De acordo com a Esa, essas informações são essenciais para medir a movimentação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo – e para entender como são afetados pelas mudanças climáticas.

A Esa também explica que os dados podem ajudar a entender mais profundamente os processos que causam terremotos, como o evento que assolou o Japão no dia 11 de março. Isso porque os terremotos criam “rastros” na gravidade, o que poderia ser usado para entender o processo que conduz catástrofes naturais e, assim, prevê-los.

A ideia dos pesquisadores da Esa é continuar medindo a gravidade até o final de 2012. O satélite Goce, responsável pelos dados, pesa uma tonelada e orbita a baixa altitude. Ele usa um equipamente específico para medir a gravidade.