Minha lista de blogs

domingo, 30 de janeiro de 2011

A Galaáxia mais distante

Um grupo de astrônomos descobriu uma galáxia que pode ser a mais distante detectada até o momento. Ela está situada a cerca de 13,2 bilhões de anos-luz, segundo estudo publicado pela revista científica "Nature".
Uma equipe de astrônomos que analisava imagens cósmicas registradas pelo telescópio espacial Hubble aumentou seu alcance até 480 milhões de anos após o Big Bang, quando o Universo tinha 4% de sua idade atual.
"Estamos nos aproximando das primeiras galáxias, que achamos que foram formadas entre 200 milhões e 300 milhões de anos depois do Big Bang", ressaltou Garth Illingworth, professor de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia (EUA) e um dos autores do estudo.
Nasa
No destaque, galáxia com 13,2 bilhões de anos-luz; ela pode ser a mais distante já encontrada, segundo estudo da "Nature"
No destaque, galáxia com 13,2 bilhões de anos-luz; ela pode ser a mais distante já encontrada, segundo estudo da "Nature"
Em sua pesquisa, Illingworth e Rychard Bouwens, da Universidade de Leiden (Holanda), utilizaram dados do Hubble reunidos pela câmara Wide Field Camera 3 (WFC3).
Os astrônomos observaram as mudanças que se produziram nas galáxias de 480 milhões a 650 milhões de anos depois do Big Bang e detectou que a taxa de nascimento das estrelas no Universo aumentou cerca de dez vezes durante esse período de 170 milhões de anos. Para Illingworth, isso é um "aumento assombroso em um período de tempo tão curto, somente 1% da idade atual do Universo".
Os astrônomos também registraram mudanças significantes no número de galáxias detectadas. "Nossas buscas anteriores tinham encontrado 47 galáxias quando o Universo possuía cerca de 650 milhões de anos", disse Illingworth. Ele acrescentou que "o Universo está mudando muito rapidamente em um período de tempo muito curto".
Já Bouwens afirmou que os resultados dos estudos são consistentes com a imagem hierárquica da formação das galáxias, segundo a qual estas cresceram e se uniram sob a influência gravitacional da matéria escura.
Para chegar à nova descoberta, os astrônomos calcularam a distância de um objeto no espaço com base em seu "deslocamento rumo ao vermelho", fenômeno que ocorre quando a radiação eletromagnética --normalmente a luz visível-- que se emite de um objeto tende ao vermelho no final do espectro.
Sua medida é considerada pela comunidade astronômica internacional como o procedimento mais confiável para calcular distâncias espaciais --a galáxia recém-descoberta alcançou um nível provável de "redshift" (desvio rumo ao vermelho) de 10,3 pontos.
Os especialistas acrescentaram que a galáxia em questão é pequena se for comparada às enormes já vistas no Universo, como a Via Láctea, pelo menos cem vezes maior.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

1º ExoPlaneta Rochoso

Anunciado o primeiro exoplaneta comprovadamente rochoso. Certamente esse campo da astronomia é um dos mais dinâmicos, cheio de surpresas e novidades nos últimos anos. Como disse, é o primeiro…muita coisa ainda vem por aí!
A seguir o  texto que considerei o melhor sobre o tema escrito por Hamish Johnston ,editor do physicsworld.com e que traduzi para este post.
http://physicsworld.com/cws/article/news/44745
Tradução adaptada.
O vídeo é da Nasa e está em inglês, mas acredito que após a leitura do artigo, se torne de fácil compreensão mesmo para quem não domina o idioma.
Criação artística para Kepler-10-b - Crédito NASA

O primeiro planeta rochoso foi finalmente descoberto pelo telescópio Kepler da Nasa , de acordo com a chefe  da missão Natalie Batalha.O planeta se chama Kepler-10b , possui uma densidade semelhante a do ferro , tornando-o muito mais denso do que nosso planeta. O exoplaneta orbita sua estrela a aproximadamente 560 anos luz da Terra.
Kepler-10b está aproximadamente 20 vezes mais próximo de sua estrela do que Mercúrio está do Sol – e como resultado espera-se que a temperatura de sua superfície possa chegar aos 1400 °C. Está sempre com o mesmo lado voltado para sua estrela e provavelmente possui oceanos de rocha derretida no seu lado dia e um lado noite sólido, de acordo com Batalha.Tem um período orbital de 0,84 dias e sua estrela tem um tamanho similar ao do Sol.
Desde a descoberta do primeiro exoplaneta em 1995, mais de 500 outros foram revelados.  Embora a maioria deles sejam gigantes gasosos como Júpiter, astrônomos estão conseguindo encontrar exoplanetas menores que poderiam se assemelhar à Terra. Antes de Kepler-10b ter sido identificado, o candidato mais forte era Corot-7b – que pode, sem dúvida, ser rochoso-  mas como sua estrela é muito ativa, torna-se difícil determinar sua densidade
Três medições básicas
Kepler-10b, entretanto é um caso muito diferente porque sua estrela é muito velha – aproximadamente 8 bilhões anos – o que significa que é muito mais calma e mais fácil de se lidar . A equipe determinou a densidade do planeta fazendo três observações diferentes: Primeiro, determinaram seu raio relativamente ao da estrela, medindo quanta luz é bloqueada quando ele transita entre a Terra e a estrela. Depois determinaram sua massa (novamente em relação à estrela) medindo  a oscilação da estrela causada pela órbita do planeta. O passo final e crucial era deterninar o raio e a massa da estrela, o que foi feito medindo-se a freqüência vibracional dos tremores, abalos na estrela (“starquakes”).  Ao juntar todos os dados, a equipe concluiu que a densidade do planete é de cerca de 8,8 g/cm3, que se assemelha à densidade de Mercúrio. “Este é o primeiro inquestionável planeta rochoso,” disse Batalha . “Sua descoberta é um marco importante para a humanidade”, ela acresentou.
Temperaturas à noite e de dia
Batalha disse que a equipe está estudando a quantidade de luz que atinge o telescópio durante o trânsito do planeta. Isto possibilitaria os pesquisadores determinar as temperaturas do dia e da noite na superfície do planeta. Embora  Kepler-10b seja similar à Terra em certos aspectos , não se encontra na zona habitável em torno de sua estrela, onde a vida poderia emergir –  é quente demais para abrigar vida como nós a conhecemos.
Um mistério que ronda Kepler-10b é como pode estar tão próxima de sua estrela. Edward Guinan do Villanova University, acredita que ele seja  resto de um gigante gasoso como Júpiter que chegou tão próximo a sua estrela que o gás foi varrido, sobrando apenas o núcleo rochoso .
Veja este vídeo que sintetiza o texto acima.


 http://www.youtube.com/watch?v=om8a5gkTDQI&feature=player_embedded

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Telescópios mostram a vida de estrelas

Imagens combinadas do telescópio espacial de infravermelho Herschel e do XMM-Newton de raios-X, apresentadas na terça-feira pela ESA (sigla em inglês da agência espacial europeia), mostram o ciclo vital das estrelas, desde a formação até sua morte.
As imagens são da galáxia de Andrômeda e foram tiradas no dia do Natal de forma quase simultânea pelos dois observatórios. A ESA mostrou uma série de fotos, as do Herschel, as do XMM-Newton, uma combinação de ambas, outras ópticas e uma mistura de todas.
As tiradas pelo Herschel mostram o pó frio da galáxia que se acende depois de ser aquecido pelas estrelas nascentes e acaba formando círculos de cor cobre.
Nas imagens em raios-X captadas pelo XMM-Newton, vê-se o que a ESA chama de "ponto final da evolução estelar": restos da explosão de uma estrela (supernova) e objetos que evoluem em um sistema binário --dois corpos celestes tão próximos que acabam ligados pela força gravitacional.

Efe
Agência espacial europeia capta imagens da galáxia de Andrômeda feitas por dois telescópios
Agência espacial europeia capta imagens da galáxia de Andrômeda feitas por dois telescópios
Alguns destes objetos são buracos negros formados após o desaparecimento de um sol de grandes proporções que gravita em torno de uma estrela normal.
Em raios-X, Andrômeda aparece como um conjunto de luzes azuis, que são estrelas concentradas na região central.
Na imagem combinada aparece uma luz vermelha cuja fonte são objetos de pouca massa que emitem raios-X de pouca intensidade.
Estes objetos podem ser o que se conhece como estrelas novas, que na realidade são sóis em processo de explosão cuja luminosidade aumenta consideravelmente; por isso foram chamadas estrelas novas, porque com um telescópio tradicional não eram vistas até que explodiam e pareciam que estavam nascendo.
Ao lado destas estrelas novas aparecem anãs brancas, um remanescente estelar que gradualmente atrai o material de sua companheira de maior tamanho.