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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Atividade à Distância

Lição de Casa:
a)Escolha um dia claro, sem nuvens, ensolarado. Além do sol, que outros objetos celestes você enxerga durante o dia?
b)E a noite, neste mesmo dia, que objetos você enxerga?
c)Você já viu a lua durante o dia?
d)Quais características você consegue observar sobre a Lua?

Durante a noite, procure um local e desenhe uma região do céu – algumas estrelas – da forma como você está vendo naquele momento. Depois de 2 horas, volte ao mesmo local e desenho o céu neste momento.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

24 Themis tem água e material orgânico

Cientistas encontram evidências de água congelada e material orgânico na superfície do asteróide 24 Themis



Visão artística do asteróide 24 Themis com seus dois fragmentos em órbita. Crédito: Gabriel Pérez, Servicio Multimedia, Instituto de Astrofisica de Canárias, Tenerife, Espanha

Aparentemente, os asteróides não são os pedaços de rocha espacial inerte, como os cientistas pensavam.
Agora, Josh Emery, do departamento de ciências terrestres e planetárias da Universidade do Tennessee, Knoxville, EUA, encontrou evidências da presença tanto de água gelada quanto de material orgânico no asteróide 24 Themis. Estas provas suportam a idéia de que os asteróides podem ter sido responsáveis por fornecer água e elementos orgânicos para a Terra primordial.



Os astrônomos encontraram água e material orgânico no 24 Themis, objeto do Cinturão de Asteróides.

Emery e Andrew Rivkin da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland, EUA, usaram as instalações do Telescópio Infravermelho da NASA em Mauna Kea, Havaí, para analisar a superfície do asteróide 24 Themis, um objeto com diâmetro de 200 quilômetros que orbita o Sol, entre Marte e Júpiter. Ao medir o espectro infravermelho refletido pelo corpo do asteróide, os investigadores descobriram que o espectro está consistente com presença de água congelada e concluíram que o asteróide 24 Themis está coberto por uma fina camada de gelo. Alem disso, Emery e Rivkin detectaram a existência de material orgânico.

Matéria orgânica

“Os materiais orgânicos detectados parecem ser moléculas complexas. ‘Chovendo’ em uma Terra primitiva, sendo portadas pelos meteoritos, estas podem ter dado o tiro inicial para a origem da vida,” afirma Emery.
Surpreendentemente, a descoberta de gelo na superfície de 24 Themis foi considerada incomum, porque lá é demasiado quente para o gelo aí permanecer por muito tempo, observou Emery.
“Isto pode significar que a presença gelo é efetivamente abundante no interior do asteróide 24 Themis e talvez este cenário se repita em outros asteróides. As evidências do gelo podem responder o enigma sobre a origem extraterrestre da água na Terra primitiva,” disse Emery.



Principais corpos do Cinturão Principal de Asteróides

Entretanto, a origem da água no asteróide é incerta…

A distância da órbita de 24 Themis em relação ao Sol deveria fazer com que o gelo seja sublimado. Entretanto, os achados destes cientistas sugerem que o tempo de vida dos gelos no asteróide 24 Themis varia entre os milhares e os milhões de anos, dependendo da latitude. Por esta razão, eles estimam que o gelo esteja sendo reabastecido regularmente. Esta reposição pode ser conseqüência de um processo de liberação gasosa no qual o gelo enterrado por baixo da superfície lentamente escapa como vapor, migra através de fraturas até a superfície ou escapa rapidamente e esporadicamente quando 24 Themis é atingido por detritos espaciais. Tendo em vista que 24 Themis é um objeto que faz parte de uma “família” de asteróides formada a partir de um grande impacto e subseqüente fragmentação de um corpo maior há muito tempo, este cenário salienta que o corpo-mãe também continha gelo. Esta cadeia de eventos tem profundas implicações para a as teorias sobre formação do Sistema Solar.
A descoberta de gelo abundante em 24 Themis demonstra que a água é muito mais comum no cinturão de asteróides, entre Marte e Júpiter, do que se pensava.
“Em geral, os asteróides são encarados como objetos muito secos. Parece agora que quando os asteróides e planetas se formavam no início do Sistema Solar, o gelo prolongou-se para a região da cintura de asteróides,” afirma Emery. “Aplicando esta visão para sistemas planetários em torno de outras estrelas, os constituintes da vida – água e material orgânico – podem ser mais comuns perto da zona habitável de cada estrela. As descobertas a ocorrer nos próximos anos serão esclarecedoras à medida que os astrônomos realizam novas pesquisas para descobrir se estes blocos da vida também fizeram a sua parte na origem da vida.”


O diagrama mostra a órbita do asteróide 24 Themis, entre Marte e Júpiter, no cinturão de asteróides. Crédito: U. Tennessee, J. Emery


O que separa os cometas dos asteróides?

A descoberta dos cientistas acaba por trazer alguma confusão na tênue linha que distingue os cometas dos asteróides. Tradicionalmente, consideram-se os asteróides rochosos e os cometas congelados. Além do mais, existia, no passado, a teoria que afirma que foram os cometas os responsáveis pelo fornecimento da água para a Terra. Esta teoria foi enfraquecida quando se descobriu que a água dos cometas tem uma assinatura isotópica distinta da água na Terra.
Agora, graças às descobertas de Emery e Rivkin, muitos cientistas indagam se os asteróides poderão ser os verdadeiros responsáveis pela inseminação da Terra com os ingredientes essências a origem da vida.
As novas descobertas foram publicadas na edição de 29 de abril da revista Nature.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Hubble observa supernova

Observações feitas pelo telescópio da Nasa dão pistas sobre a fonte dos compostos que formam os planetas, animais e plantas.
Os pesquisadores estão analisando a interação da supernova com um gigantesco anel de gás em volta da explosão, conhecido como "Cordão de Pérolas" (Nasa)
Como a supernova está localizada a 163.000 anoz-luz, a explosão observada pelo telescópio Hubble ocorreu no ano 161.000 a.C.
Observações feitas pelo telescópio Hubble, da Nasa, mostraram as "vísceras" de estrelas sendo lançadas no espaço. O fenômeno é parte da maior explosão galáctica conhecida pelo homem, a Supernova 1987A. Descoberta em 1987, a 1987A é a estrela mais próxima da Terra a explodir. Ela está localizada na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea.
A equipe de pesquisadores da Universidade de Colorado (EUA), detectou emissões brilhantes da explosão dando suporte a modelos teóricos sobre como as supernovas interagem com o ambiente galáctico. "As novas observações permitem medir com precisão a velocidade e a composição das 'vísceras' da estrela, mostrando como ocorre o depósito de energia e elementos pesados na galáxia", disse o astrônomo Kevin France, chefe da pesquisa, publicada nesta quinta-feira na revista Science. "É possível saber quais elementos estão sendo reciclados na Grande Nuvem de Magalhães e como o ambiente é alterado em escala humana de tempo", disse.
Fonte da vida — Além de lançar grandes quantidades de hidrogênio, a 1987A já ejetou hélio, oxigênio, nitrogênio e elementos pesados mais raros, como sufúrio, silício e ferro. As supernovas são responsáveis por grande parte dos elementos biologicamente importantes, incluindo oxigênio, carbono e ferro encontrados em plantas e animais na Terra, disse France. É possível que o ferro encontrado no sangue dos humanos, por exemplo, tenha vindo de supernovas.
A equipe também mapeou a interação da supernova com o famoso “Colar de Pérolas”, um anel brilhante que possui um ano-luz de diâmetro envolvendo a 1987A. Os pesquisadores acreditam que o anel de gás surgiu 20.000 anos antes da explosão que deu início à supernova. Cerca de 40 pontos luminosos por toda a circunferência do colar são abastecidos de energia pelas ondas de choque vindas da explosão da estrela. Acredita-se que os objetos luminosos irão crescer e fundir até formar um círculo brilhante e contínuo.
Como a supernova está localizada a 163.000 anoz-luz, a explosão observada pelo telescópio Hubble ocorreu no ano 161.000 a.C, explicou France. Um ano-luz corresponde a 9,6 trilhões de quilômetros. "Observar uma supernova nos 'fundos' da nossa galáxia e poder assistir sua evolução e interação com o ambiente em escala humana é algo inédito", afirmou France. "As estrelas massivas, fonte de explosões como a Supernova 1987A, são como astros do rock — têm uma vida rápida, intensa e morrem jovens", brincou France.
Os pesquisadores esperam que os efeitos da supernova na galáxia que a abriga possa dar algum entendimento sobre como a energia depositada pela explosão de estrelas modifica a dinâmica e a química do ambiente. "Poderemos utilizar esses dados para entender como as supernovas influenciam a evolução das galáxias", concluiu France.

Estrela Canibal

Mesmo que fosse possível, não é uma boa ideia chegar perto da estrela BP Piscium, que fica na constelação de Peixes, a cerca de 1.000 anos-luz (9,46 quadrilhões de km) da Terra. Ela está faminta. Imagens do observatório Chandra, da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos), mostram que o astro consumiu uma estrela ou um planeta gigante que estava nas redondezas.
De acordo com os pesquisadores, esse provável comportamento "canibal" mostra como esses astros se comportam à medida em que envelhecem.

Concepção artística mostra a BP Piscium, com um disco em volta que seria resultado da interação com um planeta.

BP Piscium parece ser uma versão mais desenvolvida do nosso Sol, mas com um disco de poeira e gás em volta. Segundo cientistas do Instituto de Tecnologia de Rochester, responsável pela pesquisa, esse disco é resultado da uma "interação catastrófica" entre a estrela e um planeta ou astro vizinho, que foi "comido" por ela.
Joel Kastner, pesquisador do instituto, diz que os cientistas ainda estão pesquisando como ocorre o mecanismo que permite que estrelas incorporem outros planetas.
– Nós temos detalhes importantes que ainda precisamos analisar, então achar objetos como a BP é entusiasmante.

Vulcões e água em Marte

Os dados do Phoenix Mars Lander da NASA sugerem que a água líquida tem interagido com a superfície de Marte ao longo da história do planeta e nos tempos modernos. A pesquisa também proporciona novas evidências que a atividade vulcânica tem persistido no planeta vermelho em tempos geologicamente recentes, isto é, há vários milhões de anos.

Embora o veículo de descenso, que aterrissou em Marte no dia 25 de maio de 2008, não estiver mais funcionando, cientistas da NASA continuam a analisar os dados coletados dessa missão. As descobertas recentes se baseiam nos dados sobre o dióxido de carbono no planeta, que constitui quase 95 por cento da atmosfera marciana.

"O dióxido de carbono atmosférico é que nem um espião químico", diz Paul Niles, cientista espacial no Centro Espacial Johnson, da NASA, em Houston. "Se infiltra em cada parte da superfície de Marte e pode indicar a presença da água e a sua história".

A Phoenix mediu de forma acurada os isótopos de carbono e oxigênio no dióxido de carbono da atmosfera marciana. Os isótopos são variedades de um mesmo elemento com diferentes pesos atômicos. Niles é o autor principal de um artigo descrevendo os resultados publicado na edição online da revista Science. O artigo explica as proporções de isótopos estáveis e suas conseqüências para a história da água e dos vulcões em Marte.

"Os isótopos podem ser utilizados como uma marca química que pode nos dizer de onde veio alguma coisa e quais tipos de eventos tem experimentado", diz Niles.

Esta marca química sugere que a água líquida existiu principalmente com temperaturas próximas de congelamento e que os sistemas hidrotermais similares aos gêiseres de Yellowstone tem sido raros ao longo do passado do planeta. As medições do dióxido de carbono mostraram que Marte é um planeta bem mais ativo do que se pensava. Os resultados implicam que Marte tem reabastecido seu dióxido de carbono atmosférico recentemente e este tem reagido com a água líquida presente na superfície.

( Fonte: http://www.jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2010-294 )